Marcação de visitas


O Museu Dr. Joaquim Manso tem disponível um programa de visitas, orientadas em função das idades e das características dos grupos.

Se a onda da Praia do Norte, que se avista do jardim do Museu, hoje convida surfistas de todo o mundo a desafiarem a sua força, durante anos, os pescadores aprenderam a conhecer as "ameaças" e as potencialidades de correntes influenciadas pelo chamado "canhão da Nazaré e desenvolveram as suas próprias técnicas, artes e embarcações, constituindo um considerável património que faz parte da identidade regional e nacional.


Várias têm sido as escolas que nos visitaram, ficando a conhecer esta realidade económico-social da Nazaré piscatória, as suas embarcações e traje tradicional, bem como a evolução geográfica, a história e a lenda do Milagre de Nossa Senhora da Nazaré, que há vários séculos atrai ao Sítio tantos peregrinos.

Visitas igualmente para grupos séniores.

Marcação prévia, para o telefone 262 562 801 ou e-mail mjmanso@drcc.pt
Facilidade de estacionamento para autocarros, no largo Fonte Velha (frente ao Museu).

Visite-nos!



"Entre Freguesias. Patrimónios cruzados" em exposição no Museu















O projeto "Entre Freguesias: Patrimónios cruzados", realizado em parceria com o Agrupamento de Escolas Amadeu Gaudêncio e a colaboração da Câmara Municipal da Nazaré e das Juntas de Freguesia da Nazaré, Valado dos Frades e Famalicão, está a chegar ao fim, depois de seis meses de realização.

No âmbito do centenário da designação do concelho da Nazaré, o projeto "Entre Freguesias: Patrimónios cruzados" pretendeu sensibilizar o meio escolar para a pesquisa sobre a história local e o património imaterial e evidenciar as relações económico-sociais e culturais entre as várias freguesias do concelho: Nazaré, Valado dos Frades e Famalicão da Nazaré.

A partir de três tipologias de objetos da coleção do Museu Dr. Joaquim Manso, cada uma associada a uma freguesia (mós, provenientes da Serra da Pescaria / Famalicão; arados, provenientes de Valado dos Frades e redes de arte xávega, provenientes da Praia da Nazaré), tiveram lugar dois programas de visitas (ao Museu e aos contextos de origem) e um terceiro momento em contexto escolar, de recolha de memórias e "histórias de vida" ligadas às respetivas peças, assim motivando os alunos para a sua documentação em contexto museológico e, por outro lado, para a necessidade de registar saberes e ofícios tradicionais em desaparecimento, funcionando o Museu e a Escola como pólos de identidade e de articulação comunitária perante a diversidade agromarítima do concelho. 

No dia 6 de junho, uma sessão pública no Centro Escolar da Nazaré reuniu as três turmas envolvidas, para uma apresentação partilhada de resultados, na presença dos representantes das várias Juntas de Freguesia. Todos os trabalhos realizados foram expostos na Biblioteca da escola, seguindo depois para os respetivos centros escolares para serem visitados pelos encarregados de educação e familiares.

Finalmente, entre 26 de junho e 8 de julho, a exposição está patente no Museu Dr. Joaquim Manso.

Participantes:
Museu Dr. Joaquim Manso
Agrupamento de Escolas Amadeu Gaudêncio – alunos do 4º ano das turmas TNC, TV e TVE e FMC

Colaboração:
Câmara Municipal da Nazaré
Junta de Freguesia da Nazaré
Junta de Freguesia de Valado dos Frades
Junta de Freguesia de Famalicão da Nazaré

Calendarização:
janeiro a junho 2012

Objetos selecionados:
Mós
Provenientes da Serra da Pescaria, Famalicão
MDJM inv. 534 e 535 Arq.

Arados
Provenientes de Valado dos Frades
MDJM inv. 13 e 29 Etn

Redes de Arte Xávega
Provenientes da Praia da Nazaré
MDJM inv. 1728 e 1134 Etn. (miniatura)



Ler mais sobre:
- o projeto "Entre Freguesias. Patrimónios cruzados"
- visitas das turmas ao Museu Dr. Joaquim Manso
- visita ao campo agrícola de Valado dos Frades
- visita ao moinho de Quinta Nova / Famalicão
- visita ao Porto da Nazaré


Há Verão no Museu!















Neste verão, há um mar de brincadeiras no Museu da Nazaré!

Lenços e barretes há muitos…

Através de jogos e atividades de expressão plástica, as crianças descobrem os tecidos, modelos e composição do traje tradicional da Nazaré, na sua versão de trabalho e de festa, feminino e masculino.
Vestindo miniaturas de peças em tecido, associam o gosto lúdico pela moda e vestuário à aprendizagem sobre a estrutura socioeconómica de um traje funcional associado à pesca, mas ainda diariamente utilizado por muitas mulheres da Nazaré.

Público-alvo: 4 aos 10 anos

1,5 €/ participante


Pedras do mar
As rochas contam histórias. Entre a areia da praia, há pedras que escondem animais do passado. Nesta atividade, vamos descobri-las e, no fim, da praia para o Museu vêm pedrinhas e seixinhos que vamos decorar e pintar com as cores do mar. 


Público-alvo: 4 aos 10 anos1 €/participante


Tantos polvos há na Nazaré!

Através da reciclagem e de alguma criatividade, vamos imaginar polvos e outros animais marinhos.

Público-alvo: 6 aos 10 anos
1€/participante


Como se faz um barco

Após a visita à exposição do Museu, incidindo na construção naval, funcionalidade e decoração das embarcações tradicionais, parte-se para a decoração de barcos de “arte xávega” em cartão.

Público-alvo: 6 aos 10 anos
1 €/participante



Calendarização: 5 julho a 10 agosto
Horário: de terça a sexta-feira
Duração: 1h30
Marcação prévia



Inscrições:Museu Dr. Joaquim Manso
Rua D. Fuas Roupinho - Sítio
2450-065 Nazaré
telef. 262562802
fax. 262561246
e-mail:
mdjm.se@imc-ip.pt


Museu colabora na Exposição escolar "Olh'a Nazaré"

À semelhança de anos anteriores, o Museu Dr. Joaquim Manso colabora com o Agrupamento de Escolas da Nazaré na sua "Semana da Leitura", a decorrer entre 16 e 23 de abril, sob o título "Olh'a Nazaré".

No edifício sede, na Escola EB 2,3 Amadeu Gaudêncio, está patente a exposição "Olh'a Nazaré", contando com duas dezenas de fotografias de Álvaro Laborinho, cedidas pelo Museu, ilustrando aspectos da Nazaré de há 100 anos, nomeadamente: actividades de pesca, praia de banhos, festividades religiosas e enquadramentos urbanos.
Num contraponto com a actualidade, estão expostas as fotografias do filandês Antti Olavi Sarkilhati e da alemã Gisela Barg, há alguns anos residentes na Nazaré e autores de vários livros de fotografia.
Durante a semana, decorrerão visitas escolares à exposição.

O Museu Dr. Joaquim Manso deseja uma boa "Semana da Leitura" a todos os alunos do Agrupamento de Escolas da Nazaré!

Crianças vieram colorir "flores" ao Museu

Nos dias 29 e 30 de março, cerca de 50 crianças do projeto de "Férias da Páscoa" do Centro Comunitário da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré e Câmara Municipal da Nazaré participaram na atividade "dá Cor à tua Flor", no Museu Dr. Joaquim Manso.

Primeiro, ouviram / participaram na história "A Flor vai ver o mar", da autoria de Alves Redol e ilustração de Leonor Praça, em jeito de lengalenga. Depois, recortaram, coloriram e decoraram as suas flores de papel, assim também celebrando a chegada da primavera, quando tantas flores nascem no jardim deste Museu, que em tempos foi residência de férias do escritor e jornalista Joaquim Manso.

Entre Freguesias: alunos visitaram o Porto de Abrigo





No âmbito do projeto “Entre Freguesias:patrimónios cruzados”, com o apoio da Câmara Municipal da Nazaré que facultou o transporte, realizaram-se as “saídas de campo” aos locais pré-selecionados das três freguesias do concelho, proporcionando uma observação direta da realidade sócio-cultural, uma maior proximidade entre gerações e ampliação do conhecimento dos alunos sobre “histórias de vida” associadas aos objetos do Museu Dr. Joaquim Manso analisados nas primeiras sessões de janeiro.
Assim, no dia 28 de fevereiro, a turma do 4º ano do Centro Escolar da Nazaré visitou o Porto de Abrigo da Nazaré, tomando contacto com a atual confeção das redes de pesca e a sua manutenção (remendar, porfiar, “pôr espelhos”,...).
A visita iniciou-se pelo armazém de mestre António Grilo, onde, além de se ver vários apetrechos de pesca, redes, poitas, ferros, gerador e luzes, se aprendeu a fazer rede. Nas mãos de António Grilo, a agulha de fazer rede trespassava o cabo, pegava as malhas, entralhando os chumbos, a distâncias iguais. A fim de evitar um possível alastramento de qualquer rompimento das redes, os pescadores fazem a chamada “gacheta”, banda de rede feita com fio mais grosso e de malha mais larga, reforçando e conferindo maior resistência à rede.
O grupo seguiu para a área do porto de abrigo destinada ao conserto das redes onde, entre outros, se encontravam os pescadores Gino Patacas, Zé, Florindo e João Lacraia; sentados em pequenos bancos, remendavam uma rede de cerco. As crianças puderam, assim, dar continuidade à observação deste ofício, deste “saber fazer”. O grupo colocou algumas questões muito pertinentes, às quais os pescadores gentilmente responderam.
Houve ainda tempo para ver “como se faz um barco”, no estaleiro do sr. António Luís Júnior que, na altura, reparava um bote de S. Martinho do Porto. Aí, as crianças familiarizaram-se com a nomenclatura própria das embarcações: quilha, cavernas, costado, etc.; conheceram ferramentas, mostraram curiosidade ao ver a serradura,...
António Luís Júnior, último construtor naval da Nazaré, mostrou ainda algumas miniaturas de embarcações em esqueleto. Segundo o autor, uma delas representa a nau “Nazareth”, que teria sido construída nos estaleiros da primitiva “Lagoa da Pederneira”.

Enriquecidos com esta experiência, o grupo regressou à escola com o objetivo de continuar a desenvolver este projeto em torno da rede de pesca.

Entre Freguesias: Saída ao moinho do Tio Anacleto

No âmbito do projeto “Entre Freguesias: patrimónios cruzados”, chegou o dia de irmos conhecer um moinho de vento, no alto da Serra da Pescaria, freguesia de Famalicão.
No dia 29 de fevereiro, a turma do 4º ano da Escola de Quinta Nova, a bordo do autocarro da Câmara Municipal da Nazaré, dirigiu-se ao “moinho do Ti' Anacleto”, acompanhado por um elemento da Junta de Freguesia de Famalicão da Nazaré, o senhor Arménio Silva.

Chegados ao local, sobranceiro ao mar e num dia ensolarado de uma primavera antecipada, aproximámo-nos do moinho, branco e azul, memória da “arte de fazer pão”.
Arménio Silva, devido a uma longa convivência, desde os seus tempos de infância, com aquele moinho e com o “Ti’ Anacleto” (moleiro), conta-nos a sua experiência e partilha com o grupo os seus conhecimentos e memórias.
De forma redonda e feito de pedra, de paredes grossas, o moinho era totalmente branco, pintado com cal e, posteriormente, foram acrescentadas “barras” azuis, cor proveniente da mistura de ocre.
O teto, de forma cónica e feito de zinco, protegido com alcatrão e óleo queimado, tem o nome de “capelo”. No vértice do capelo está montado um cata-vento, que pode ser manobrado a partir do interior, orientando as velas na direção do vento. O movimento de rotação do capelo é transmitido a partir do sarilho, existente no interior. O capelo é atravessado por um mastro de madeira, a que se fixam 8 varas ou vergas, e onde se amarrar as respetivas velas, de pano branco e forma triangular.
No interior existe uma grande roda dentada – a entrosa –, cujos dentes engrenam num eixo vertical no centro do moinho e transmite às mós a energia eólica captada pelas velas, fazendo-as girar.
Para imprimir o movimento inicial às velas, o moleiro tinha que empurrar todo o velame, quase que “empoleirar-se”, balançar-se, sujeitando-se, frequentemente, a pequenos ferimentos.
Foram relembradas as manobras necessárias para aproveitar ao máximo a força do vento e o bom funcionamento do moinho, abrir ou enrolar as velas, espiar as cordas, movimentar o sarilho, fixando em diversas posições a corda respetiva (através de ganchos colocados em vários pontos do corpo do moinho), picar as mós, ensacar a farinha já moída.

Arménio Silva lembra-se de ser garoto e, quando havia vento, noite e dia, ouvir o barulho incessante dos búzios do moinho. Era um trabalho perigoso e solitário. Os cereais vinham dos campos em redor, mas depois de ficar com a sua “maquia” e após ensacada, o “Ti’ Anacleto” ia de burro ou carroça distribuir a farinha, de trigo ou sobretudo de milho.
Junto ao edifício do moinho, observam-se ainda vestígios de um pequeno anexo para arrumos e uma eira, de forma quadrangular. A eira era o recinto destinado a secar, malhar, limpar ou peneirar os cereais, separando o grão da palha e de outras impurezas. Outrora, esta eira teria sido de barro e circular, o que facilitaria a utilização da tração animal.

Lamentou-se não ter sido possível visitar o interior deste moinho, devido a problemas de segurança mas, de qualquer forma, estar próximo de um moinho e o estudo de toda a sua envolvente exterior serviu para aumentar o entendimento que o grupo tinha sobre como se obtinha a farinha para fazer o pão, que outrora era tão importante na alimentação.

O Museu Dr. Joaquim Manso realça a colaboração da Junta de Freguesia de Famalicão da Nazaré e agradece a disponibilidade e todo o apoio que Arménio Silva tem dedicado a este projeto.




Conheça algumas fotografias de Álvaro Laborinho sobre práticas agrícolas do concelho da Nazaré:

Eduardo Brazão de moleiro no moinho, 1915
Carregando trigo, carro de bois, 1933
Debulha na eira do Valverde, 1926
Mulheres jantando na eira do Valverde, 1915

Entre Freguesias: Saída a campo agrícola de Valado dos Frades

Dando continuidade ao projecto “Entre Freguesias: patrimónios cruzados”, a 28 de fevereiro, os alunos do 4º ano do Centro Escolar de Valado dos Frades realizaram a visita a um campo agrícola.
Para o efeito, contou-se com o apoio da Junta de Freguesia do Valado e da Câmara Municipal da Nazaré.

Acompanhados por José Jerónimo, agricultor valadense de outros tempos, e pelo Presidente da Junta (José Manuel Marques dos Santos), o grupo seguiu em autocarro da CMN para a propriedade rural de Pedro Miguel Coelho, actual Vice-Presidente da mesma Junta.
Aí chegados, fomos gentilmente recebidos e encaminhados pelo proprietário, que nos ajudou a descobrir a importância e os “segredos” da agricultura.
À entrada, algumas “cuvettes” mostravam pequenas plantas: couve-coração, couve lombarda, brócolos, alho-francês, já depois de terem saído das estufas, mas ainda numa primeira fase de crescimento. De seguida, e dentro de um pavilhão, observámos batatas já greladas, a aguardarem plantação; estavam presentes ainda os equipamentos utilizados na lavagem de produtos agrícolas, nomeadamente nabos e alhos franceses.
Dirigimo-nos, então, para a terra, com campos cobertos de cor primaveril, de um verde salpicado de amarelo, preenchidos por couves (coração e lombarda), nabos, (nabos de cabeça e nabos de grelo) e favas, algumas já em flor.
Foram explicadas as várias fases de crescimento, a floração, o aparecimento das vagens das favas, o corte e a colheita. Referiu-se ainda a importância dos ciclos agrícolas e os efeitos que o “tempo” provoca na agricultura, especificando as consequências que daí resultam, como tem acontecido com esta época de grande seca.
José Jerónimo comparou a agricultura do seu tempo, onde utilizava as velhas alfaias agrícolas como a primitiva enxada, os arados e charruas de madeira de tracção animal, com a técnica, os meios e os equipamentos actuais. Foi possível ver uma charrua puxada por tractor a lavrar o terreno, preparando-o para o cultivo, em contraponto com a enxada que José Jerónimo, orgulhosamente, transportava ao ombro.
Chamou-se a atenção do grupo para os cuidados de higienização e a necessidade de queimar alguma vegetação mais densa e emaranhada, a fim de evitar a proliferação de alguns roedores nocivos.
Enriquecido com esta experiência, o grupo regressou à Escola, com o objectivo de retomar o desenvolvimento deste trabalho, cujas conclusões serão apresentadas no final do ano lectivo.
O Museu Dr. Joaquim Manso realça todo o empenho e colaboração que a Junta de Feguesia do Valado dos Frades (José Manuel Marques dos Santos, Pedro Miguel Coelho e Cidália Sousa) tem dedicado a este projecto.





Conheça algumas fotografias de Álvaro Laborinho sobre práticas agrícolas do concelho da Nazaré:

Carregando trigo, carro de bois, 1933
Debulha na eira do Valverde, 1926
Mulheres jantando na eira do Valverde, 1915

Actividade Infantil



















No início da Primavera e com a proximidade das comemorações do Dia da Floresta, o Museu Dr. Joaquim Manso propõe uma actividade em torno do conto de Alves Redol, A Flor vai ver o mar (1968), onde se descobre a relação entre o mar, os barcos e a natureza:
- leitura animada deste conto infantil, da autoria do escritor que escolheu a Nazaré para tema do seu livro "Uma Fenda na Muralha";
- pintura de flores de papel.


Público-alvo: dos 4 aos 10 anos
Horário: de terça a sexta-feira, 20 a 30 de março
N.º participantes: 20 (máximo por grupo)
Com marcação prévia (1 € / participante)
e-mail: mdjm.se@imc-ip.pt
telef. 262 562 802

As "freguesias" visitaram o Museu

Nos dias 17 e 18 de janeiro, iniciou-se o projeto "Entre Freguesias. Patrimónios Cruzados", uma parceria com o Agrupamento de Escolas da Nazaré, contando com a colaboração da Câmara Municipal da Nazaré e das Juntas de Freguesia da Nazaré, Valado dos Frades e Famalicão.





O pescador Jaime Conde veio explicar como se pescava com a rede de arte xávega à turma do 4º ano do Centro Escolar da Nazaré. O agricultor José Jerónimo, de Valado dos Frades, acompanhado pelo Presidente da Junta de Freguesia, recordaram os tempos em que se lavrava a terra com arados de madeira e de ferro, deixando um apelo aos alunos do 4º ano daquela localidade, para que valorizem a agricultura e fiquem a conhecer como crescem os legumes e frutos nos campos do Valado. De Famalicão, vieram mais uma turma e Arménio Silva, que sempre cresceu ao lado de um moinho no alto da Serra da Pescaria e que partilhou uma explicação detalhada do exterior e do interior do moinho de vento e de como se moía o grão de trigo ou de milho.
Todas estas sessões decorreram em torno de uma miniatura da rede de arte xávega, de dois arados e duas mós, que pertencem ao acervo do Museu Dr. Joaquim Manso.

Em fevereiro, terão lugar as saídas de campo, respetivamente ao Porto de Abrigo da Nazaré, aos campos do Valado e a um moinho de Famalicão.




ENTRE FREGUESIAS. Patrimónios Cruzados














No âmbito do programa comemorativo do centenário da actual designação do concelho da Nazaré (2011-2012), o Museu Dr. Joaquim Manso e o Agrupamento de Escolas da Nazaré encontram-se a desenvolver o projeto “ENTRE FREGUESIAS. Patrimónios Cruzados”.
Com este projeto, o Museu pretende sensibilizar o meio escolar para a colaboração que pode assumir na pesquisa, recolha e investigação sobre a história local, pela sua maior proximidade com a própria comunidade. Chama-se particular atenção para as relações e trocas económico-sociais e culturais entre as várias freguesias: Nazaré, Valado dos Frades e Famalicão da Nazaré.

A partir de três objetos da coleção do Museu Dr. Joaquim Manso, cada um associado a uma freguesia, pretende-se motivar os alunos num trabalho de recolha de memórias e histórias de vida ligadas às respetivas peças, o que poderá conduzir, por um lado, à sua maior documentação em contexto museológico, e, por outro lado, ao registo de saberes e técnicas tradicionais (ofícios), funcionando o Museu como pólo de identidade e de articulação comunitária perante a diversidade agro-marítima do concelho.

Objetivos específicos do projeto:
- Sensibilizar para a função identitária do Museu Dr. Joaquim Manso através da sua relação com a comunidade local e seus objetos de memória.
- Aproximar as estratégias da missão educativa das instituições Museu / Escola.
- Incentivar o gosto infanto-juvenil pela valorização do património cultural da Nazaré.
- Promover o contato inter-geracional como sensibilização para o inventário do Património Cultural Imaterial do concelho da Nazaré.
- Fomentar o conhecimento interligado sobre as várias freguesias do concelho.

Objetos selecionados:
Mós
Provenientes da Serra da Pescaria, Famalicão
MDJM inv. 534 e 535 Arq.

Arados
Provenientes de Valado dos Frades
MDJM inv. 13 e 29 Etn

Rede de Arte Xávega
Proveniente da Praia da Nazaré
MDJM inv. 1728 Etn.
MDJM inv. 1134 Etn. (miniatura)

Turmas envolvidas:
Três turmas do 4º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico do Agrupamento de Escolas da Nazaré, dos Centros Escolares de Nazaré, Valado dos Frades e Famalicão.

Calendarização:
Janeiro – visita ao Museu Dr. Joaquim Manso das turmas participantes, com a presença de um pescador, um agricultor e um moleiro.
Fevereiro – visitas de campo. O Museu facultará um modelo adaptado das fichas “Inventário do Património Imaterial” (Kit de Recolha de Património Imaterialdo Instituto dos Museus e da Conservação) e acompanhará as deslocações da Escola.
Março a Maio – trabalho de campo / pesquisa efetuado pelas turmas das respetivas freguesias, incidindo na recolha de histórias de vida, angariação de objetos e fotografias.
Junho – apresentação dos trabalhos finais sob um formato multimédia, complementado por exposição de objetos particulares dos alunos / familiares, que seguirá itinerância pelas três freguesias.

Este projeto conta com a colaboração da Câmara Municipal da Nazaré, Junta de Freguesia da Nazaré, Junta de Freguesia de Valado dos Frades e Junta de Freguesia de Famalicão.