No âmbito do projeto “Entre Freguesias:patrimónios cruzados”, com o apoio
Assim, no dia 28 de fevereiro, a turma do 4º ano do
A visita iniciou-se pelo armazém de mestre António Grilo, onde, além de se ver vários apetrechos de pesca, redes, poitas, ferros, gerador e luzes, se aprendeu a fazer rede. Nas mãos de António Grilo, a agulha de fazer rede trespassava o cabo, pegava as malhas, entralhando os chumbos, a distâncias iguais. A fim de evitar um possível alastramento de qualquer rompimento das redes, os pescadores fazem a chamada “gacheta”, banda de rede feita com fio mais grosso e de malha mais larga, reforçando e conferindo maior resistência à rede.
O grupo seguiu para a área do porto de abrigo destinada ao conserto das redes onde, entre outros, se encontravam os pescadores Gino Patacas, Zé, Florindo e João Lacraia; sentados em pequenos bancos, remendavam uma rede de cerco. As crianças puderam, assim, dar continuidade à observação deste ofício, deste “saber fazer”. O grupo colocou algumas questões muito pertinentes, às quais os pescadores gentilmente responderam.
Houve ainda tempo para ver “como se faz um barco”, no estaleiro do sr. António Luís Júnior que, na altura, reparava um bote de S. Martinho do Porto. Aí, as crianças familiarizaram-se com a nomenclatura própria das embarcações: quilha, cavernas, costado, etc.; conheceram ferramentas, mostraram curiosidade ao ver a serradura,...
António Luís Júnior, último construtor naval da Nazaré, mostrou ainda algumas miniaturas de embarcações em esqueleto. Segundo o autor, uma delas representa a nau “Nazareth”, que teria sido construída nos estaleiros da primitiva “Lagoa da Pederneira”.
Enriquecidos com esta experiência, o grupo regressou à escola com o objetivo de continuar a desenvolver este projeto em torno da rede de pesca.
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